Esse é o nosso terceiro artigo sobre o Jubileu: já falamos sobre O que é o Jubileu e sobre O significado da Porta Santa.
Hoje, as protagonistas do nosso post são as chamadas Basílicas Maggiore (Maior): São Pedro no Vaticano, San Giovanni in Laterano (São João de Latrão), San Paolo fuori le mura (São Paulo fora dos muros) e Santa Maria Maggiore (Santa Maria Maior) - as três ultimas localizadas em Roma.
Basílica maior: com este nome definimos as quatro igrejas de Roma, que de acordo com a Igreja Católica são as do "mais alto escalão" (juntamente com as duas basílicas menores de Assis - Basilica de São Francisco e Santa Maria degli Angeli), também são definidas basílicas papais) e que ao longo dos séculos ganharam uma importancia fundamental durante os jubileus.
As Basílicas Maiores de fato possuem uma Porta Santa, que é aberta pelo Papa somente durante o perido do Jubileu. Além das Portas Santas, as basilicas Maiores (Papais) possuem também o altar Papal, onde somente o Papa ou um outro sacerdote autorizado pelo Papa, podera celebrar a Eucaristia
Curiosamente, essas igrejas - com exceção de São Pedro no Vaticano - não são famosas e também não fazem parte do roteiro turistico de Roma. Agora vamos conhecer uma por uma, com algumas sugestões para a visita.
São Pedro no Vaticano
Também conhecida como Basílica de São Pedro é a maior igreja do mundo, até mesmo os mais estudiosos aindam "queimam os neuronios" para entender as suas proporções! Alguns números: a cúpula projetada por Michelangelo mede 136 metros e tem um diâmetro de 42; A nave maior possui 186 metros de comprimento e o transeto 154 metros!
Foi o Papa Júlio II em 1506 quem iniciou os trabalhos do novo edifício, que deveria substituir a igreja anterior consagrada no ano de 326. A partir dai, foram convocados os maiores artistas da época como por exemplo Bramante e Michelangelo para planejar, construir e decorar a grande basilica. Poucos se lembram que foi Carlo Maderno que construiu a fachada. Outro grande artista que trabalhou na nova basilica foi Gian Lorenzo Bernini, construindo a Praça de São Pedro e a famosa colunata.Impossível listar todos os tesouros de arte contidos em São Pedro. Aconselhamos de não esquecer de admirar as seguintes obras:
- Pietà de Michelangelo, na nave direita;
- Monumento de Canova a Clemente XIII, no canto nordeste;
- O túmulo de bronze dourado de Inocêncio VIII feita por Pollaiolo, no corredor esquerdo;
- A Cátedra de São Pedro, na abside, estrutura barroca feita em bronze dourado;
- E claro, o dossel sobre o altar papal, de 29 metros de altura.
San Giovanni in Laterano (São João de Latrão)
San Giovanni in Laterano é a Catedral de Roma. Também chamada de Latrão, é situada a sudeste do Centro Historico de Roma. Trata-se de uma igreja muito antiga (a basilica feita por Constantino é datada entre os anos de 313-318), mas foi reconstruída várias vezes ao longo dos séculos.A fachada foi feita por Alessandro Galilei, que em 1732-35 fez uma grande e monumental estrutura com as estátuas de Cristo, João Batista e os Evangelistas (S. Marcos, S. Lucas, S. João e S. Mateus). À esquerda da Porta Santa existe uma bela porta de bronze. O interior, no entanto, é criação de Borromini, que trabalhou aqui várias vezes durante o século XVII. Corredores longos (mais de 130 metros!), doze santuários com as colossais estátuas dos apóstolos.Não deixe de admirar um fragmento de um afresco de Giotto, no primeiro pilar da nave direita, onde o Papa Bonifácio VIII proclama o Jubileu de 1300, além do mosaico da abside feito por Jacopo Torriti (século XIII) e o claustro, uma obra-prima do século XIII, com lápides funerárias e belissimos capitéis.
San Paolo fuori le mura (São Paulo fora dos Muros)
Também conhecida como Basílica de São Paulo, localizada no sul de Roma, no bairro Ostiense, é a maior igreja romana após São Pedro. As naves são largas 65 metros e longas 131 metros!Foi erguida em honra de São Paulo no local onde segundo a tradição, o santo foi enterrado. O atual edifício remonta ao século XIX e foi o resultado de um terrível incêndio que destruiu a igreja entre 15 e 16 de julho de 1823: o fogo poupou apenas o transeto, o arco santo e parte da fachada, que mais tarde foi demolida.Não deixe de ver os modernos mosaicos, os altares revestidos de malaquitas e lápis-lazúli (presentes do czar Nicolau I). Muito belo também o claustro, obra-prima de Vassalletto. Observe que as colunas do Claustro é uma diferente da outra.
Santa Maria Maggiore (Santa Maria Maior)
Também chamada de Basílica Liberiana, é a mais central das três grandes basílicas (muito perto da estação Termini) e provavelmente também a mais rica e bela.Mais do que a fachada, surpreende alguns detalhes do seu interior, que é a única entre as tres grandes basílicas romanas, que manteve uma grande parte do seu aspecto original. Por exemplo, os esplêndidos mosaicos da abside, obra de Jacopo Torriti (1295); e as duas capelas, a Sistina e a Paulina, localizadas, respectivamente, à direita e esquerda da nave central.
A Capela Sistina foi construída no século XVI por Domenico Fontana, por vontade do Papa Sisto V e a Capela Paulina também chamada de Borghese, localizada em frente a Capela Sistina foi realizada alguns anos mais tarde.
A Capela Sistina foi construída no século XVI por Domenico Fontana, por vontade do Papa Sisto V e a Capela Paulina também chamada de Borghese, localizada em frente a Capela Sistina foi realizada alguns anos mais tarde.
Fotos: Wikipedia.
Bom passeio!
0 on: "Jubileu: As quatros Basilicas Maiores de Roma"
Cristiane de Oliveira, brasileira, natural do Rio de Janeiro, mora em Florença
há mais de cinco anos. Apesar de ter o coração verde e amarelo, se apaixonou pela Italia e mais precisamente por Florença a ponto de estudar minusiosamente a história da arte, do povo e da cidade onde vive. Hoje, Cristiane, è guia turística autorizada da cidade de Florença.
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