Quando chegam as festas de fim de ano, os doces da Toscana invadem as mesas de toda a Itália. De Florença a Arezzo é um verdadeiro triunfo dos doces de Natal, produtos locais ricos em história que revelam um equilíbrio surpreendente entre os sabores dos diversos ingredientes: cavallucci, ricciarelli, copate, panpepati e panforti.
O PANFORTE
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Foto: Wikipédia |
O Panforte é originário do mais antigo "panpepato", que na época dos Medici era considerado uma fonte de vigor e energia útil tanto na guerra quanto no amor. A diferença entre os dois é que o panpepato é coberto com pimenta em vez de açúcar. Hoje, no panpepato é adicionado o chocolate, enquanto o panforte mantém a sua forma clássica de açúcar de confeiteiro na sua cobertura.
BRIGIDINI E COPATE
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Foto: Coopfi |
O brigidini, outro doce típico da época do Natal, são waffles de cor amarelo-laranja perfumados com anis e é muito delicado. Geralmente encontramos à venda em feiras e festivais em toda a Italia. Estes biscoitos nasceram em um convento de freiras dedicadas a Santa Brígida da Suécia, daí a origem do nome.
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Foto: FoodWine |
Um outro doce importante é a Copate, feito com mel, nozes e amêndoas: um tipo de creme crocante que serve de recheio para dois biscoitinhos redondos que parecem muito com hostias. Segundo a tradição, já se preparava esse doce em Siena, (pasmem!), antes do século XV. Esta receita também nasceu em um convento, mas parece ter sido as freiras de Montecelso, em Siena, ter a "idéia de acoplar as hostias recheadas para a véspera de Natal.
RICCIARELLI
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Foto: Wikipedia |
Finalmente, os Ricciarelli talvez são os mais famosos doces da Toscana. São feitos com amêndoas, açúcar e clara de ovo. Criados no século XIV nas cortes da Toscana e segundo a lenda, foram introduzidos na Toscana por um senese chamado Ricciardetto Gherardesca, em seu retorno das Cruzadas na Turquia. Eles são macios e coberto com açúcar, mas há também outra versão escura feita com chocolate.