Pelas minhas andanças na net, encontrei essa reportagem. E um pouco antiga, mas acho que serve como reflexao para muitas brasileiras. Muito cuidado ao conhecer um gringo, ele pode ser um homem direito e honesto, mas tambem pode nao ser. O texto e grande, mas vale a pena ser lido.
Eu tive a sorte de encontrar um italiano honesto, na verdade, eu ganhei na loteria sozinha, me cerquei de varios cuidados antes de me envolver com ele. Muito cuidado com gringos que oferecem passagem para passeios na Europa. Voces nao imaginam como è facil iludir uma brasileira com conversa de gringo.
Um vez, junto com uma amiga, fomos passear num chat e começamos a conversar com uma brasileira. Eu e minha amiga, fingimos que era um italiano so para vermos se e facil ou nao conquistar uma brasileira. Batata !!! é muito facil trazer uma brasileira na Europa, infelizmente! Nao se iludam....Homens sao todos iguais, seja brasileiro, italiano, americano, japones... Tudo farinha do mesmo saco ! O carater de um homem nao esta na nacionalidade.
Vamos a reportagem:
data: 2 de agosto de 1998. Em apenas quinze dias – "que pareceram quinze anos", ela cruzou três fronteiras na Europa.
Em entrevista à BBC Brasil, a brasileira só se deu conta de que era vítima do tráfico internacional de pessoas – um negócio que fatura mais de US$ 32 bilhões por ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) – após desembarcar na Suíça.
No trajeto feito de carro até a Alemanha, foi obrigada a manter relações sexuais com seu comprador, um senhor italiano que dizia ser seu "dono".
"Era uma época em que eu estava muito bonita", ela relata. "Ele dizia: 'molto bella, molto bella'".
"Bíblia na mão"
Dias antes, Elaine havia sido convencida por uma mulher de sua própria comunidade a se casar com um homem italiano que procurava uma esposa.
"Fui para passar três meses, para conhecê-lo. A senhora que me convenceu a ir era de idade, de cabelos brancos e Bíblia debaixo do braço. Nunca ia imaginar que era uma aliciadora", conta.
Elaine foi colocada dentro de um quarto trancado por fora e de janelas vedadas. Comia alface e água mineral com gás e nunca mais viu seu passaporte e o pouco dinheiro que levou consigo.
"Até umas moedinhas de real eles (o casal que lhe 'vendeu') levaram."
Ela diz que foi "oferecida" a clientes alemães e turcos, além de ser obrigada a manter relações sexuais com seu "marido" italiano.
"Me obrigavam a sorrir para aparecer feliz nas fotografias. Uma vez me levaram a um parque na França para tirar fotos. Mas andavam sempre com alguma arma, ou pelo menos uma chave de fenda enorme, que até brilhava de tão grande."
"Para sobreviver, me fiz de burra, de desentendida."
Um dia, durante uma briga do casal que a traficou, Elaine fugiu com a roupa do corpo e sem olhar para trás. Escondia-se sob as árvores quando escutava barulho de carro.
Conseguiu chegar à estação de trem, de onde os policiais de plantão telefonaram para um tradutor do consulado brasileiro.
Mais magra, foi levada ao hospital e diagnosticada com hepatite. Não chegou a estar ilegal no país, porque sua estada demorou apenas quinze dias.
"Pareceram quinze anos", ela diz.
Impunidade
Como outras vítimas do tráfico internacional de pessoas, Elaine voltou ao Brasil e não teve dinheiro para comparecer à audiência quando as autoridades alemãs lhe enviaram uma carta solicitando sua presença no país.
"Ficou por isso mesmo", ela se conforma.
Mas se revolta quando pensa em sua aliciadora, que como há nove anos, continua indo e vindo, impune, do Brasil à Europa.
"Cada vez que volta, ela leva duas ou três meninas", afirma.
"Isso é um trauma na minha vida. Fui tão corajosa de fugir, e é tão revoltante ver um traficante à solta, fazendo o que sempre fez. Ela (minha aliciadora) está ficando rica, comprando carros, casa..."
Elaine diz que recebe ameaças de morte, e que tem de "estar sempre me mudando, para não correr risco".
Seu endereço é conhecido apenas pelas autoridades que a assistem. Sua identidade, como neste depoimento, é freqüentemente mantida sob sigilo.
Elaine dá palestras para jovens em comunidades carentes que estão prestes a abraçar o mesmo caminho.
"As meninas me agradecem, às vezes, já estão até de passagem comprada."
"Não desistir. Essa é minha luta."
*Nome fictício
Fonte: BBC
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Escrava Sexual

About Cris de Oliveira
Cristiane de Oliveira, brasileira, natural do Rio de Janeiro, mora em Florença há mais de cinco anos, criadora e administradora do blog Noticias da Bota. Sou sommelier e guia de turismo autorizada da cidade de Florença especializada em lingua portuguesa. Ganho a vida me divertindo, passeando pelas ruas de Florença, apresentando o que a cidade Berço do Renascimento tem de melhor.
2 on: "Escrava Sexual"
Cristiane de Oliveira, brasileira, natural do Rio de Janeiro, mora em Florença
há mais de cinco anos. Apesar de ter o coração verde e amarelo, se apaixonou pela Italia e mais precisamente por Florença a ponto de estudar minusiosamente a história da arte, do povo e da cidade onde vive. Hoje, Cristiane, è guia turística autorizada da cidade de Florença.
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ResponderExcluirCris,
ResponderExcluirAmiga querida ñ achei onde eu poderia postar este comentário então ai vai:
O BLOG TÁ LINDISSIMO, eu q tive a oportunidade de ver a primeira versão estou achando ótimo, vc melhorou muito e com muito bom gosto, o melhor ainda é o conteúdo!
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Parabéns!!!